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Mar 10

Portugal foi, é e será um país de emigrantes e de imigrantes.

Contam-se alguns séculos em que portugueses enfrentando as águas do Atlântico rumaram a África, Ásia e às Américas, imbuídos de um espírito de aventura,  de descoberta, de evangelização cristã e em busca de riqueza.

Mais recentemente, a Europa foi o sonho e o destino de muitos outros portugueses à procura de melhores condições de vida. 

Hoje continuam a partir e em todo o mundo há um pouco de Portugal, que os seus filhos, orgulhosamente, levam e dão a conhecer.

Neste jardim à beira mar plantado também, têm aportado cidadãos de todo o mundo que o feitiço português tem segregado, sendo que muitos deles têm sido adoptados como verdadeiros filhos.

Foi assim com Ernesto Korrodi, que no início do século XX chegou a Portugal  onde desenvolveu a sua arte arquitectónica com projectos espalhados por todo o país, mas sobretudo na cidade de Leiria, onde se fixou,  onde casou e se naturalizou português, conforme processo que deu entrada na Câmara Municipal de Leiria e remetido ao Governo Civil da mesma cidade, em 6 de Dezembro de 1910.

Fascinado pelo seu castelo, ao qual dedicou uma boa parte do seu talento e  do seu traço inconfundível, com um projecto de restauro ambicioso, foi um dos fundadores da Liga dos Amigos do Castelo, com o objectivo de serem tomadas medidas para a sua protecção, conseguindo-lhe guarda permanente e a execução das suas primeiras obras de conservação e desaterro, salvando-o da última derrocada, numa época em que poucos portugueses se interessavam pelo seu património artístico. Teve o mérito de despertar nos leirienses o amor pelo seu castelo. Mas ele foi concerteza, o que mais o amou.

 

publicado por Ana Bela Vinagre às 22:42

Olá. Engraçado que sendo eu Leiriense, já a caminho da outra metade do século, desconhecia que Korrodi era de origem estrangeira. Talvez porque já nasci a ouvir falar da família e dei como dado adquirido que ele seria Português.
Mas para mim, a questão da nacionalidade é irrelevante, bastando-me tão sòmente o amor que ele nutria pelo castelo, que é também um dos meus amores desta cidade. Parece , ter alguém juntado com as mãos um "montinho" de terra e colocado lá em cima este castelo/residência que Leiria mais distinta e lhe enriquece a história, pois tendo sido seu habitante um Rei tão ilustre como o foi D. Diniz haveremos de nos orgulhar certamente.
Recordo que em tempos havia uns semáforos em frente ao jardim Luis de Camões, que nos obrigava a parar e era inevitável olharmos para cima, então, eu dizia aos meus filhotes ..."olhem o nosso castelo" o que lhes provocava uma certa alegria, porque achavam imensa piada ao facto de termos um castelo.
Inocência de quatro ou cuinco anos de vida.!!
ana lemos a 24 de Março de 2010 às 14:16

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